À francesa, o francês Jerome Valcke deixou claro aos deputados que a venda de cerveja nas arenas da Copa de 2014 é do interesse de um dos financiadores da campanha de muitos congressistas, a AmBev.
De acordo com o site oficial da Câmara, o secretário-geral da Fifa disse: “Temos esse acordo com nossa parceira Budweiser, de venda controlada de cerveja nos estádios”.
A Budweiser é da InBev, que tem como uma das sócias a AmBev, dona da Fratelli Vitta Bebidas, responsável por R$ 3.625.000 em doações oficiais para campanha nas eleições do ano passado. Foram beneficiados candidatos a deputado, ao Senado e ao governo de diferente Estados. Oposição e situação foram ajudadas.
Como todo mundo sabe, o atual ministro do Esporte recebeu doação de R$ 30 mil da Fratelli, mesma quantia doada ao deputado José Rocha (PR-BA), terceiro vice da comissão que analisa a Lei Geral da Copa. Além da Fratelli, a AmBev, doou diretamente R$ 140 mil a outros três candidatos.
Nesse cenário, é preciso ter bebido além da conta para duvidar da liberação da cerveja da AmBev nos estádios da Copa.
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