domingo, 21 de novembro de 2010

"Alô...Alô...Alô..."

"...confira agora as quentes do dia..." começei meu programa na sexta-ferira pedindo licença para o Cacá e para o Luis Landes Reinoso de Farias, "donos" da Rádio Capital FM, para usar uma gravacão de sua emissora com a abertura de um Tribuna Livre apresentado pelo agora saudoso Rui Pimentel...Era a minha forma de homenagear um dos maiores radialistas deste Estado e sem dúvida o maior formador de opinião na atualidade do rádio sul-mato-grossensse, como me o professor disse Américo Calheiros. Rui deixa esse mundo no momento em que sua forma de fazer jornalismo no rádio perdia espaço para as novas mídias ou mídias integradas como venho defendendo a algum tempo, mas o espaço hoje é para falar do Rui.

O locutor "bola de ouro", por muito tempo foi e será referência da nossa radiofonia lá fora. Sempre que eu viajava me perguntavam do Operário e do Rui, podemos sentir entao qual significado tinha ele. Em várias oportunidades meus entrevistados diziam que falariam tal hora em meu programa por que já haviam marcado no Rui.

No começo me incomodava, mas aos poucos fui percebendo que eu estava disputando espaço com uma Lenda. Não...não é exagero movido pela emoção do momento, tanto que escrevo vários dias após o falecimento do bom baiano. Também é prova de não demagogia que em minha homenagem na rádio eu disse que nunca me espelhei no modelo talk show do Rui. Minha escola é outra, o que me deixa mais a vontade para reconhecer sem paixões o talento nato daquele que criou um estilo e como ninguém soube trazer para si a audiência das autoridades do nosso Estado. Prova disso foi a presença do homem de gelo, Osmar Jeronymo, do todo poderosos Jerson Domingos, bem como Nelsinho Trad, Paulo Duarte além de Cadu Bortoloti, Pio Lopes e de tantos outros colegas de profissão.

Quero registrar aqui a minha admiração e tristeza por não ter mais a saudável concorrência com esse baiano, que como ninguém sabia o que era liderar a audiência nas manhãs do nosso rádiojornalismo.

Fica a frustração de não saber se um dia eu tomaria saudavelmente a audiência desse verdadeiro "divisor de àguas" da radiofonia sul-mato-grossensse.

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