sábado, 15 de outubro de 2011

Dica de um bom livro...


Uma dica do Jacir Afonso Zanata, embora mais novo do que eu, foi meu primeiro professor de jornalismo na Uniderp. Zanata me indicou o livro, de Mitch Albom, jornalista norte-americano. Leitura extremamente interessante. É um livro onde o autor não conta apenas uma história de forma linear, mas transcreve uma série de diálogos com seu antigo professor de sociologia Morrie Shwartz, intercalados com passagens da vida dos dois em tempos remotos ou frases de destaque.

Tudo começa quando Mitch estava se formando na faculdade e se despediu do professor, que foi seu orientador em uma tese e com quem sempre tinha conversas após as aulas, sobre temas relacionados à vida e às pessoas.

Cerca de 16 anos depois dessa despedida, Mitch viu na televisão uma entrevista com seu antigo professor. Só que agora, além de mais velho, ele estava com Esclerose Lateral Amiotrófica, uma doença degenerativa. Mitch, que trabalhava demais e tinha uma vida muito corrida, deu um jeito de encontrar novamente seu professor. Desse encontro, Mitch combinou que visitaria Morrie todas as terças-feiras, que era o mesmo dia da semana que se reuniam na faculdade, para uma conversa. Foram 10 terças-feiras até que Morrie viesse a falecer, mas as lições aprendidas nessas “aulas” mudaram de vez a vida de Mitch.

A preocupação com o ser humano sempre foi uma característica marcante da personalidade de Morrie. Prova disto foi uma das conversas entre os dois, quando Mitch perguntou o que Morrie estava achando de depender tanto das outras pessoas para fazer qualquer coisa, até para virá-lo na cama:
“Sabe Mitch, quando nascemos precisamos dos outros para viver e quando envelhecemos também precisamos dos outros para viver. O que não nos damos conta é que, entre o início e o fim, também precisamos das outras pessoas…”

Morrie ensinou a Mitch coisas que só quem está “à beira da morte” enxerga. Um jovem trabalhador cheio de energia e saúde não tem tempo para pensar e praticar coisas que aquelas pessoas praticariam se tivessem outra oportunidade.

Me preocupei em não revelar o final do livro enquanto escrevia este artigo, mas me tranqüilizei ao concluir que o livro não tem fim. Ao contrário dos livros de contos ou histórias, o sabor do livro não está no fim da história – que é revelado desde as primeiras páginas -, mas no seu conteúdo. Sem dúvida é um livro para ser “degustado” página por página, e que realmente nos faz parar para pensar no sentido da vida.

Vale a pena conferir...

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