domingo, 23 de outubro de 2011

Cuidado...o leitor não é bobo...


A hipocrisia no que diz respeito a uma pseudo-ética jornalística nunca foi característica minha, tanto no rádio quanto nos textos postados aqui. E é pensando nisso que me sinto bastante a vontade para dizer que das duas uma. Ou o Correio do Estado quer distorcer totalmente fatos ou realmente comete equívocos primários de leitura da situação política do Estado. É claro que opinião é opinião. Mas daí a dizer na edição de hoje que a discussão em torno de Simone e Giroto fritou ambos é no mínimo tendenciosa. Até por que essa opinião não está no editorial e sim em uma matéria assinada.

Qualquer leigo em política percebeu que o debate não só afastou qualquer resistência ao nome de Giroto, como fortaleceu e muito a preferência do eleitor por mais um nome nessa disputa e aí sim, Simone pode até se considerar vitoriosa. O nome da filha do senador Ramez Tebet encontra quase que nenhuma rejeição entre os leitores. O fato de dizer que ela quase nunca termina seus mandatos apenas mascara o óbvio. Simone tem uma carreira meteórica e que não se prendeu ao fim de um mandato quando o degrau político acima lhe foi oferecido.

Em meio a esse pseudo-enfraquecimento o PMDB vê mais um nome confirmar sua força, trata-se do presidente da Câmara de Vereadores de Campo Grande, Paulo Siufi. Pesquisa do IDOPE, divulgada pelo jornal Liberdade MS, mostra que Paulo Siufi tem a menor rejeição e ainda obtém um empate técnico com um dos nomes mais fortes do partido adversário ao seu. Ninguém menos que Zeca do PT, figura histórica e conhecidíssima, com bagagem de oito anos no governo mas agora tirada do páreo por seu próprio partido.


Problema é que o jornal Correio do Estado pertence ao ex-suplente de senador Antonio João, fundador do PSD na Capital e que não conseguiu trazer para seu partido a representatividade que Kassab promoveu no resto do Brasil. Resta ao PSD fazer boas alianças para tentar nascer nessas eleições, caso contrário não sobreviverá até 2014, quando tem o grande projeto de cooptar o atual prefeito de Campo Grande para fazê-lo governador. As chances são boas e talvez nem seja necessário arriscar o prestígio do jornal de maior circulação no Estado.

E tenho dito!!

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