Chorem Bambis

Estive em 2005 em um jogo Corinthians e Ponte Preta pelo brasileiro daquele ano. A partida era no Morumbi e o dr. Marco Aurélio Cunha, diretor de futebol do São Paulo apareceu em um dos camarotes próximo às numeradas. Foi uma vaia só. Prá ficar bem ele vestiu uma camisa do Corinthians. Uns aplaudiram, outros mandaram ele tirar. Fato que meu amigo-irmão jornalista Jakson Pereira pode confirmar, pois estava lá.

Em 2007 após quebrar um tabu, Betão se viu abraçado e parabenizado pelo mesmo diretor. Cidadão educado, sempre brinca com o Osmar de Oliveira na TV Bandeirantes, aguenta brincadeiras que dificilmente alguém que não fosse tão gentleman aguentaria.

Confesso que ao ver a expressão do dr. Marcou Aurelio no "jogo aberto" (Band) desta segunda dia 28, assustei. Transtornado, ofegante, descabelado, irreconhecível. Acusou o árbitro Sálvio Espínolla dos maiores absurdos que alguém pode dizer a respeito de um profissional, seja ele de que categoria for. Só isso já desqualificaria qualquer comentário seu a respeito do clássico de ontem.

Sálvio ao contrário, calmo e sensato explicou os lances ditos capitais pelo dirigente, e provou que realmente a arbitragem não pode ser crticada ou comentada por leigos. Comentei aqui mesmo que considerei pênalti no Dagoberto e validaria o gol do Adriano ainda que concordasse com a falta.

Duas coisas, primeiro o zagueiro Willian do Corinthians que sofreu a falta, disse uma verdade, o Adriano precisa se adaptar a arbitragem brasileira, que é diferente da européia e por vezes difere até do restante do continente sul-americano. Por isso talvez soframos tanto com os argentinos. Tanto que o Valdívia cismou que tudo é falta. Tá certo ele tem apanhado bastante, e jogado muito.

A explicação do Sálvio no lance do Dagoberto foi perfeita. Se eu estou caminhado e você pára, eu tropeço e possivelmente te chuto. Dagoberto foi esperto. Dagoberto é esperto. Volto a dizer eu daria o gol. Daria o pênalti. Expulsaria o Richarlysson e o Joíson. Mas eu não sou árbitro e o São Paulo já não é aquele São Paulo, talvez por isso a revolta do dr. Marcou Aurélio.

O que não se pode agora é querer inventar "esquemas" de supostos favorecimento ao Corinthians. Foram lances interpretativos. E o Corinthians caiu, por que foi incompetente. Mas também por que interpretaram em um jogo no Serra Dourada, que o goleiro se adiantou, como aliás o dito "melhor goleiro do Brasil", sempre se adianta.

Quanto ao Sálvio, "cabra-macho"ligou na hora do programa e educadamente expôs seu ponto de vista, ao contrário do destemperado e corintiano enrrustido dr. Marco Aurélio Cunha.

Como dira meu irmão Alex Fraga: "Ah!! vai chorar na cama, que é lugar quentinho".