sábado, 19 de janeiro de 2008

...um violeiro toca...



Quando resolvi escrever nesse espaço ou nessa ferramenta, pensei em falar do que sei, do que vivo, que é o dia a dia do futebol. Mas, nem só de futebol é feita a vida de um cronista esportivo. Existem prazeres da vida que merecem ser descritos.

Costumo dizer que não tenho preferencia por generos músicais e como todos que tiveram sua juventude nos anos 80 e 90, gosto muito de relembrar erasure, new order, Pink Floyd e tantos outros. Mas a admiração pelo músico Almir Sáter sempre existiu.

Tive a oportunidade de trabalhar com a Gisele Sater, a Pingo em uma campanha para prefeitura de Três Lagoas, o que aumentou mais ainda a minha admiração pelo trabalho do violeiro.

Quando soube que Almir estaria mais uma vez em Campo Grande, não me empolguei muito, ainda mais quando vi a chamada falando de novas músicas, gosto das antigas: Peão, Chalana, Mês de Maio, É Necessário...Resolvi ir assim mesmo.


Sabe quando voce descobre que está assistindo o trabalho de um gênio? Quando a humildade é o que prevalece. Almir abriu o show como quem está na varanda de casa entre amigos, tocando "umas modas", e de cara disse: "Gente, eu estou aqui para tocar o que vocês pedirem. Não acredita no que disseram de músicas novas e tal. São voceês quem mandam. Querem ouvir o que?". Foi a senha do sucesso.


A platéia se encantou, e cantou...olhei para o lado minha filha Fernandha, nove anos, cantarolando: "ando devagar por que já tive pressa e levo esse sorriso...". Quando Almir fez referência à Geraldo Espíndola, ficou claro que não esqueceu suas raízes. Cantou "É necessário" do velho Geraldo e ainda disse que era uma das suas influências. Minha esposa, Néia disse que a música era uma verdadeira declaração de amor. Sabe que eu não havia percebido? Talvez por conhecer o Geraldo e aquela velha história de santo de casa. Sábias mulheres e sua sensibilidade apurada.


Sem dúvida um dos melhores shows que já presenciei.

Afinal, "tudo é paixão, quando um violeiro toca"...

Nenhum comentário: