quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

O rádio AM acabou em MS


A foto me faz lembrar um passado não muito distante, afinal o ano é 2005. Comigo na foto, o narrador Artur Mario, Oscar Ulysses (comentarista SPORTV e narrador principal da Globo SP), Jakson Pereira (hoje na Assessoria da UCDB) e Romeu César (reporter de muitas copas do mundo pela Globo AM). A ocasião, Brasil e Chile em Brasília, eliminatórias da Copa 2006.

Aqui em Mato Grosso do Sul, um rádio AM tão rico e atrativo é praticamente impossível. Os donos de emissoras não tem compromisso com qualidade, com informação e prestação de serviços, como aliás lhe exige a concessão federal, ao invés disso preferem alugar as emissoras para religiosos, católicos ou protestantes usam e abusam do confortável púlpito eletrônico.


Os barões da comunicação sobrevivem como sempre desses arrendamentos e da generosa mídia do poder público, tanto municipal como estadual. Nem sou contra, afinal não é facil sobreviver nos dias de hoje. Mas por que os governantes não cobram também qualidade? Empregabilidade? Por que não construir mecanismos que exijam desses donos, compromisso com nossa cultura? Com nossos profissionais.


Hoje se algum profissional de rádio quiser difundir o esporte através de programas ou transmissões de jogos tem que pagar por isso. É isso mesmo, pagar para trabalhar. "É a banana comendo o macaco". Você oferece o produto aos Noninhos, Cacás, Bachegas, Padres e Pastores e ainda tem que pagar pelo espaço. Se der certo eles esperam vencer o contrato e te fecham a porta. Assim era Airton Guerra da Educação Rural e serão sem dúvida, esses novos velhos caciques da comunicação.


É hora do poder público aproveitar esse momento novo no esporte, onde empresários sérios como os do Leite São Gabriel, ou ainda, os que estão dispostos a investir em infra-estrutura para sub-sede da copa de 2014 que chegam para valorizar nossos atletas, nosso produto. É hora de exigir jornalismo, esporte, entretenimento de verdade. Enfim rádio.

Chega de emissoras caixinhas de música ou igrejas virtuais.


Investimento público em mídia sim. Mas, e daí? O que voce oferece pra minha cidade? Pro meu Estado? Emprega quantos "cara-pálida"? Todos tem DRT? Como é sua programação?


Saudades do radio de verdade de Zé do Brejo, Juca Ganso e mesmo das FM's de qualidade e com diferencial. Hoje meras cópias das emissoras paulistas e cariocas.

Falta compromisso. Está fácil ser dono de rádio. Está difícil ser profissional desse maravilhoso veículo. Falo pelos companheiros parados e desiludidos, talentos desperdiçados e cheios de potencial para dividir com os novos profissionais que saem das faculdades de jornalismo e rádio e tv. Pobres profissionais aliás, que ouvem em suas rádios chamadas "educativas" (UCDB e UNIDERP) cópias escrachadas das comerciais.


Mas cuidado senhores. O rádio digital vem aí. As web rádios estão crescendo. Acordem ou suas concessões podem valer tanto quanto sua capacidade de criação.

É isso companheiros. Me queiram bem, que não lhes custa nada!!!!

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