sábado, 2 de fevereiro de 2008

O bom filho...

Tarde de sábado de quase 40 graus, estádio do interior e a impressão que dá é que metade da cidade está lá dentro. A cidade é Aquidauana, distante uns 120 kilometros de Campo Grande e o estádio acanhado, construído com estrutura a base dos trilhos da velha Noroeste do Brasil, recebe o Sete de Setembro de Dourados.
Aquidauana, cidade onde nasci e que deixei em 1989. Os aventureiros Claúdio Severo (repórter Picarelli), Fernando Blank de passagem por praticamente todos o veículos ligados ao mundo da bola e esse blogueiro apaixonado pelo futebol. A missão era das mais impossíveis e de sucesso pouco provável. Transmitir a partida de futebol para a Grande Dourados e região, pelas ondas da Clube.
Ao chegar constatamos que não havia linha de transmissão, o que não é nenhuma novidade no mundo do rádio esportivo e como se não bastasse nosso equipamento não chegou completo. Já viajei o Brasil fazendo futebol e não seria logo da minha terra natal que eu não conseguiria, afinal para que microfones e linha de transmissão.
O fato é que a hospitalidade do companheiro Plínio de Góes da Radio Difusora Band, e sua insistência com os técnicos da B rasil Telecom, nos colocaram no ar, e os microfones? Ah! Esses apareceram, não sem fio, mas apareceram.
Foi uma das melhores transmissões que já realizei. O narrador Cláudio Severo, quem diria, um canhão. Quebrou tudo! Como dizemos no mundo da bola quando o cara arrebenta. Blank, cozinhando sob um sol de Saara, foi o repórter de campo. Eu fiquei na cabine, meio comentarista, meio repórter, meio animador, resumindo, um radialista.
Revi pessoas me emocionei e emocionei companheiros, alguns satisfeitos e querendo trilhar o mesmo caminho. Outros fazendo pouco caso, mas enfim "causando".
O futebol no interior é sempre uma festa e o Aquidauana me surpreendeu o camisa 10 Giovani e o 11 Branco são craques de bola. Alguns coronéis arriscando um troquinho no time. O prefeito ofereceu 100 reais a quem fizesse o primeiro gol. Dr Victor Maksoud também me emocionou, e se emocionou. Médico do Aquidauana, lembrei a ele que estava de plantão no hospital no dia que nasci.
O interior é uma festa. Um exemplo que deve ser seguido pela Capital. Enfim, estou de volta ao radio esportivo. O jogo? Ah! O jogo, foi bom 2 x 2. E o interior? É uma festa!!!

Um comentário:

Anônimo disse...

Olá Joel, parabéns pelo Blog, pelos comentários sarcásticos e críticos.

Estamos torcendo, do nosso lugar que é a arquibancada, para que o Galo volte... Volte para Campo Grande, para a Avenida Bandeirantes, e a ser grande...

Estive conversando com um diretor do SAGA, o cara é meu xará e é gente boa, aproveitei para elogiar o apoio ao Operário e por tabela ao futebol do MS... Só pedi para ele cuidar bem do diheiro, já que, magoado ou não, o presidente do Galo (a Cesár o que é de Cézar, com mais uma comissãozinha) reclama da perseguição da torcida, mas o cara se acha, não conversa com ninguém, não gosta de ouvir críticas (típico isso), e sempre, mas sempre mesmo a culpa é dos outros.

Bem, o negócio é seu blog. Vou frequentá-lo assiduamente. Abraços e sucesso.