Com três minutos de jogo no Engenhão, já estava 1 a 0 no placar.
Para o Fluminense, gol de Tartá pegando o rebote de defesa de Fernando Prass em chute cruzado de Washington, aos 15o segundos de partida.
Ocorre que, por pouco, o resultado não era favorável ao Vasco.
Porque, com 90 segundos, na pequena área, Nunes mandou por cima um passe da direita de Fagner que parecia ter endereço certo.
Com a vantagem e time bem superior, o Flu se impôs e levou o jogo como quis até que Felipe começou a jogar.
E o Vasco terminou o primeiro tempo, se não assustando, ao menos se insinuando.
E começou o segundo do mesmo modo.
Aos 11, por exemplo, Ricardo Berna fez uma defesaça em chute de Jonathan.
O Flu se deu conta de que não poderia deixar as coisas como estavam e tratou de explorar mais velocidade, com o que passou a preocupar a defesa vascaína, onde Dedé brilhava.
Mas até linha de passe o Vasco fez na área tricolor, pelo alto, de cabeça.
Aos 20 minutos foi a vez de Éder Luís desperdiçar ótima chance para empatar.
Mais do que os vascaínos, corintianos e cruzeirenses torciam pelo time cruzmaltino, que quase levou o segundo gol, aos 22, quando Marquinho perdeu o gol mais feito do jogo, depois de ter derrubado Fagner e permitir a recuperação do zagueiro.
Era lá e cá porque, em seguida, por um centímentro um pé vascaíno não se aproveitou de cruzamento pela direita para empatar.
Aos 33 foi a vez de Washington permitir que a bola passasse por baixo de seu pé, embaixo das traves, quando poderia ter liquidado o clássico.
Só o Vasco mexia e aos 35 fez a terceira substituição, com Fumagalli no lugar de Rafael Carioca.
Antes, aos 14, Max saíra para entrada de Irrazábal e Éder Luís, cansado, dera lugar a Jefférson Silva.
Aos 37, um pecado! Nunes mandou na trave, materializando, então, já uma injustiça para o Vasco, diante de mais de 21 mil torcedores, 16.262 pagantes, pouca gente para a importância, e dramaticidade do jogo.
Mas o Flu mostrava sorte de campeão, sem nenhuma dúvida.
Depois do que fez Berna contra o Inter, a trave do Engenhão dava o ar de sua graça diante do Vasco.
O Flu, enfim, mexeu aos 39: Thiaguinho no lugar de Tartá.
E, aos 42, Marquinho, com suspeita de fratura no braço direito, saiu para entrar Júlio César.
A sorte já não sorria tanto, ao contrário, porque o Flu perdia mais um jogador às vésperas de ter de volta Fred e Deco.
Mas entre mortos e feridos, o saldo é positivo: o Flu segue líder.
Imagine se o Washington recomeçar a fazer seus gols, sem bobear como fez, aos 48, depois de receber com açúcar de Conca.
por Juca Kfouri